Cálculo Renal – 5 dicas de prevenção

A nefrolitíase, popularmente conhecida como pedra nos rins ou cálculo renal, ocorre quando substâncias presentes na urina formam cristais sólidos que se agregam, originando pedras. Os sintomas incluem dor intensa nas costas ou abdômen, sangue na urina, náuseas e vontade frequente de urinar.

Quais as causas de cálculo renal?

As causas podem variar, envolvendo:

• Fatores genéticos
• Desidratação
• Dieta rica em certos minerais
• Doenças específicas, como acidose tubular renal, doenças inflamatórias intestinais, obesidade, etc.

Quais as consequências do cálculo renal?

A formação de pedras nos rins pode ter consequências sérias, como:

• Dor forte: o impacto das pedras podem causas fortes cólicas na região lombar, abdominal baixa e genital, associado a náuseas, vômitos e suor frio.
• Infecções urinárias: os cálculos servem como âncora para bactérias se desenvolverem.
• Bloqueios no trato urinário: as pedras podem interromper a saída da urina, causando muita dor
• Perda da função renal: com a obstrução e infecções recorrentes, há grande risco do paciente desenvolver a Doença Renal Crônica.

Quais os tipos de cálculo renal?

Conheça alguns exemplos:

1. Cálculos de Oxalato de cálcio: Geralmente são os mais comuns e estão associados a distúrbios metabólicos que levam a um excesso de cálcio na urina que se une ao oxalato presente em alguns alimentos, como espinafre, nozes, chocolate e alguns chás

2. Cálculos de ácido úrico: Associados a uma dieta com excesso de proteínas, obesidade e distúrbios do metabolismo, onde a urina fica mais ácida e podem ocorrer em pessoas com condições que aumentam a produção de ácido úrico, como gota.

3. Cálculos de estruvita: Podem se desenvolver em resposta a infecções do trato urinário e tendem a crescer rapidamente, causando obstruções. Esta é um dos tipos que mais crescem rápido e tem risco de obstruções importantes nos rins.

4. Cálculos de cistina: Resultam de uma condição genética rara chamada cistinúria, na qual os rins excretam grandes quantidades de certos aminoácidos. Algumas medicações podem ser utilizadas para interromper o ciclo de formação destes cálculos.

Além disso, fatores como desidratação, obesidade, histórico familiar, certas condições médicas (como doenças intestinais inflamatórias) e alguns medicamentos podem aumentar o risco de formação de pedras nos rins. Portanto, uma abordagem individualizada para identificar as causas específicas é essencial para um tratamento eficaz.

Veja aqui 5 dicas de prevenção para Cálculos renais:

1. Ingerir água e outros líquidos suficientes para produzir no mínimo 2 litros de urina !

              Obs: Aumentar ingesta nos dias quentes ou se realizar exercícios físicos

2. Evite ao máximo segurar a urina, esvazie a bexiga sempre que tiver vontade.

3. Se apresentar dor ao urinar, queimação no canal da urina, febre, dor lombar e náuseas/vômitos, procurar Pronto Atendimento imediatamente.

                          Obs: Evite ao máximo se automedicar.

4. Reduza a ingestão diária de sal, programa-se para realizar pelo menos 150 min de atividade física semanal e procure um nutricionista para alinhar o tratamento. Emagrecer e ter hábitos mais saudáveis ajuda a evitar novos cálculos.

5. Mantenha um consumo diário de frutas cítricas e fontes de cálcio (leite, queijo, iogurte, brócolis, etc). Não reduzir o consumo de cálcio!

Preciso destacar aqui que é extremamente necessário que mantenha o consumo de fontes ricas de cálcio na alimentação. Por mais contra intuitivo que pareça, o cálcio ingerido passa pelo intestino e junta à outro mineral importante na formação das pedras, que é o oxalato, sendo então excretado nas fezes.

Se o consumo de cálcio for muito baixo, o oxalato fica sobrando e é absorvido para a circulação, indo parar na urina para formar novos cálculos.

A importância de consultar um nefrologista reside na necessidade de diagnóstico preciso e plano de tratamento adequado. O nefrologista pode realizar exames específicos, como ultrassonografia e análise de urina, para avaliar  e propor intervenções como mudanças na dieta, aumento da ingestão de água ou, em casos mais graves, indicar procedimentos médicos para remover as pedras. O acompanhamento com um nefrologista é vital para garantir a saúde renal a longo prazo e evitar complicações.

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